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Para-raios em condomínios

para-raios

O para-raios é um item indispensável para manter em segurança os condomínios, principalmente os verticais. Se trata de uma haste de metal instalada no topo do prédio com objetivo de atrair as descargas elétricas atmosféricas e desviá-las para o chão.

Este item se torna ainda mais fundamental no Brasil, país líder mundial na incidência de raios. Aqui são registrados 50 milhões de raios anualmente e 90% deles ocorrem na primavera e no verão, as estações mais quentes no ano.

Essas descargas são formadas por gotículas de água eletricamente carregadas que se transformam em raios quando não “aguentam” mais a quantidade de energia. Por isso ser atingido por um raio pode causar muitas sequelas e até a morte de uma pessoa. Em uma construção, ele pode causar explosões que condenem a sua segurança, atingir as instalações elétricas e danificar aparelhos eletrônicos e/ou causar choque nos moradores.

Para evitar tragédias e prejuízos, portanto, é necessário que o condomínio possua um para-raios instalado e que a sua manutenção esteja em dia. Mas você sabe qual o modelo mais seguro? Sabe quais itens deverão ser verificados na manutenção? Este artigo vai te ajudar!

Tipos de para-raios

Atualmente existem dois tipos de para-raios usados com maior frequência em condomínios: Franklin e Melsens.

Para-raios de Franklin: mais utilizado por ter eficácia em 90% dos casos, este modelo é composto por uma haste metálica onde se situam os captores e um cabo de condução. O cabo de condução leva a energia da descarga elétrica até o solo, onde ela se dissipa através do aterramento.

Para-raios de Melsens: com a mesma finalidade do Franklin, este tipo de equipamento se diferencia por adotar a gaiola de Faraday; nele, o prédio é envolvido por uma  armadura metálica e uma malha de fios metálicos com hastes de cerca de 50cm é instalada no seu telhado. As hastes devem ser conectadas a cada 8m e representam o sistema de captação de descargas, enquanto a armadura metálica é o sistema de condução.  

Em prédios com mais de 20 metros de altura, especialistas recomendam que sejam utilizados os dois modelos. O preço varia de acordo com o número de blocos e com a metragem do prédio que deverá ser coberta pelos sistemas.

Manutenção dos para-raios

Como todo sistema de segurança, os para-raios também devem ser checados periodicamente. A cada semestre, uma empresa especializada em medição da sua resistência de aterramento para verificar as condições gerais do sistema. É com esse resultado que o técnico pode assegurar se a descarga está ocorrendo corretamente.

Existem outros pontos importantes que devem ser verificados durante a vistoria. Com conhecimento, é mais difícil que o síndico deixe passar despercebido algum item.

Após a vistoria e conclusão de todas as obras indicadas pelo especialista, o condomínio recebe um atestado de responsabilidade técnica – ART assinado por um engenheiro especializado. Este documento é muito importante para que o condomínio receba a cobertura do seu seguro.

Geralmente as seguradoras cobrem danos causados por raios, mesmo quando há problema no sistema de proteção contra raios, entretanto a falta de manutenção e de um ART atualizado podem causar problemas.

Quando o condomínio não possuir ART ou tiver com o equipamento de para-raios sem manutenção, o síndico pode ser responsabilizado civil e criminalmente em casos de acidente. Para tanto, é necessário comprovar a sua negligência em executar a manutenção correta dos equipamentos.

E aí, nosso artigo ajudou a tirar suas dúvidas? Precisa de mais informações? Conta para a gente nos comentários!